segunda-feira, 4 de maio de 2015

Inspirando-me em Shakespeare: Ter ou não ter razão?

Ter ou não ter razão, eis a questão. - Parafraseando Shakespeare, numa outra dimensão, pois claro.

Nem sempre ter razão ou darem-nos razão nos faz sentir melhor ou orgulhosos da nossa "sabedoria".
Pessoalmente, já me deparei com várias situações em que preferia não ter tido razão e ter que dar a mão à palmatória e assumir que estava enganada.
Confesso que na profissão que sabiamente escolhi aos 4 anos de idade e que teimosamente lutei para a alcançar, coloca-me frequentemente perante esta razão que preferia não ter. Confuso? Sim!

O pior, é que com o passar dos anos, com os diferentes locais de trabalho, as diferentes pessoas com quem trabalhei, que conheci e a experiência que fui adquirindo, não me tem facilitado, de forma alguma, em aceitar este facto que é o de ter razão em relação a determinadas situações. Continuo a pensar que era melhor estar enganada.

O facto de nos ser dada razão ou simplesmente percebermos que tínhamos razão, vem confirmar algo que já suspeitávamos mas que, como em muitas coisas na vida em que a esperança é a última a morrer, queremos acreditar que muita água irá passar por debaixo da ponte e as coisas podem tomar um rumo bem diferente daquele que suspeitamos. Daí o sentimento pouco orgulhoso da nossa "sabedoria".

Transportando tudo isto para a vida pessoal, o sentimento mantém-se: Há situações em que preferia não ter razão!

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